quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sem leitura em medidores de água, desperdício é comum em Paulicéia

Moradores pagam taxa mínima pelo consumo. Falta de profissionais impede a fiscalização dos imóveis.

Mesmo com valor fixo, são muitos os inadimplentes
nacidade (Foto: Reprodução/Tv Fronteira)

Em Paulicéia, sem haver medidores de água por conta da prefeitura, os moradores pagam apenas uma taxa mínima pelo uso, e por não saberem qual o consumo diário, o desperdício acaba estando presente na rotina de muitas pessoas. 

A doméstica, Marinalva Gama, conta que lava a calçada da residência onde trabalha em dias alternados. “Hoje joguei água na calçada porque a patroa está aqui, mas não jogo todos os dias. É um sim e outro não”, falou. 

Na cidade exitem 2.835 ligações de água. De acordo com a prefeitura, 85% desses locais possuem hidrômetro, equipamento usado para medir o consumo de cada residência, só que ainda assim, nos últimos três anos a utilização é feita sem fiscalização. 

A estudante, Luana Cristina Xiedron, acredita que é preciso conter esse excesso do consumo. “Se houvesse a leitura, eu acho que as pessoas não usariam do jeito que usam. O desperdício é muito”, ressaltou. 

O município possui cerca de 9 mil habitantes e é abastecido por oito poços artesianos. Mesmo sendo cobrado uma taxa fixa, a inadimplência é alta e chega a mais de 35%. A dívida é de R$ 832.442. 

Segundo o responsável pelo departamento de água e esgoto, Valentim Bernaqui, a leitura dos hidrômetros não é feita porque faltam profissionais. "Não estamos fazendo a leitura porque nossa folha de pagamento está acima do limite e é impossível fazer contratação de pessoas", alegou. 

A prefeitura reconhece o desperdício, por isso, uma medida será tomada nos próximos dois meses para buscar uma solução para o problema. 

“Assim que autarquia for constituída, será feita a cobrança, evidentemente, será proposto um acordo para que haja um parcelamento da dívida e se chegarmos a conclusão de que a pessoa não está interessada em pagar, provavelmente, vai haver corte, dependendo da situação financeira dos moradores”, informou.

Informações G1

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