segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Integrantes da Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade ocupam Usina Dracena


José Rainha disse que se trata de um protesto que a Frente está fazendo com objetivo de denunciar a dívida bilionária que as usinas têm . Ontem, 6, de madrugada, um grupo de 60 pessoas integrantes da Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade (FNL), que tem sede em Brasília, ocuparam as dependências da Usina Dracena. A maioria das pessoas integrantes da frente é de Dracena e tem como coordenador regional Antonio Carlos Massuia. Dois integrantes da frente ficaram no portão de entrada e ao lado de duas funcionárias da usina, que trabalham na portaria. Já os demais, ocuparam a sede da empresa. O porteiro disse a Polícia Militar que foi abordado pelos integrantes da frente, que mandaram ele sair da portaria e disseram que iriam entrar na sede. O coordenador regional da frente, Antonio Carlos Massuia, ressaltou que a ocupação foi pacífica e aguardaram a polícia, que também esteve no local e registrou o Boletim de Ocorrência. O dirigente nacional da frente, José Rainha Júnior, esteve na usina e acompanhou o grupo durante a ocupação. Ele disse que o objetivo da Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade, do qual é dirigente nacional, e que depois da grande marcha a São Paulo e da grande marcha a Presidente Prudente, está coordenando as ocupações das usinas de álcool que estão falidas. Ele explicou que a ocupação da Usina Dracena, é um protesto que a frente está fazendo com objetivo de denunciar a dívida bilionária que as usinas têm. José Rainha afirmou, ainda, que as dívidas das usinas com o INSS e trabalhista seja repassada ao Incra para investimentos em terras. Ele lembra que já existe medida provisória da presidente Dilma que o dinheiro que está na dívida das usinas com o INSS seja investido na reforma agrária. “Em nome do desenvolvimento econômico e do crescimento que eles trouxeram para o programa do Proálcool nas granes usinas, hoje estamos vendo fome, miséria, desemprego e as cidades falidas, já que não há arrecadação nenhuma. Se pegar essa dívida das usinas e colocar na reforma agrária irão gerar emprego fixo, renda, cidadania e dignidade. Não há o que fazer com essas terras mais. É um abandono e uma vergonha no planejamento que fizeram sem nenhum zoneamento e falência total do setor usineiro, que não irá pagar o governo e ninguém sabe o que fizeram com os bilhões de reais”, disse Rainha. De acordo com José Rainha, estão previstas ocupações em outras três usinas no Pontal do Paranapanema e na Alta Paulista. A Frente Nacional vai continuar mobilizada denunciando o grande montante de dinheiro público vindo do BNDS que foi jogado fora. Ele citou como exemplo, o caso da usina Decasa, que faz um ano e meio que não pagou o salário de 1.800 trabalhadores que tem quase R$ 6 milhões a receber. “O programa de reforma agrária que deveria avançar com a presidente Dilma, que era assentar as famílias, ela esqueceu. Virou as costas e se abraçou com os usineiros”, ressaltou o dirigente nacional. Rainha e Massuia disseram que se a Justiça conceder a reintegração de posse para a usina, a ordem judicial será cumprida. O advogado da Usina Dracena, Rafael Ferreira Luiza, que acionou a Polícia Militar para o registro da ocorrência, disse que na usina Dracena estão funcionando os setores administrativo e agrícola. Ele disse ainda que a empresa iria solicitar na justiça a reintegração de posse. Fonte: Portal Regional

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