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A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, apreendeu, em uma propriedade rural localizada em Irapuru, 28 toneladas de fertilizantes suspeitos de serem furtados de uma usina da região. Os adubos estavam divididos em 28 “big bags”, com uma tonelada cada, que se encontravam cobertos com lona plástica preta, debaixo de árvores, no Bairro Santa Genoveva.
As investigações tiveram início com a instauração de um inquérito policial, em Dracena, diante de denúncias de que funcionários e terceiros estariam desviando os fertilizantes que seriam utilizados no cultivo da cana-de-açúcar em propriedades próprias ou arrendadas pela usina “vítima”.
Segundo a Polícia Civil, foi obtida a informação de que funcionários estariam fraudando a aferição dos apontamentos de utilização dos fertilizantes e colocando-os na lavoura em quantidades inferiores às recomendadas pelo agrônomo da usina, apropriando-se dos insumos e efetuando a venda a terceiros.
Os moradores da propriedade onde foram apreendidos os fertilizantes nesta terça-feira (9) disseram, segundo a Polícia Civil, que os produtos pertenciam a um homem residente em Irapuru, mas ele não foi localizado na ocasião para apresentar sua versão dos fatos.
Os produtos apreendidos foram depositados à usina “vítima” e serão periciados para verificar qual a composição dos adubos.
Ainda foram apreendidas duas etiquetas com as formulações e números do lote, as quais estavam nos “big bags”. Já as demais possivelmente foram arrancadas de forma proposital para dificultar a identificação, segundo a polícia.
Em contato com a fabricante dos produtos, a Polícia Civil pretende apurar, através da numeração dos lotes, se os adubos apreendidos foram vendidos e pertenciam à usina “vítima”.
A polícia salientou que, se ficar comprovado que os produtos apreendidos eram pertencentes à usina, o morador de Irapuru que estava na posse dos fertilizantes furtados poderá responder pelos crimes de receptação qualificada e organização criminosa, os quais preveem, respectivamente, penas de reclusão de três a oito anos e um a três anos, além de multa.
DO G1
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