Após assembleia, funcionários da Expresso Adamantina mantém greve

O Sindicato dos Condutores de Osvaldo Cruz, Adamantina e Dracena decidiu nesta terça-feira (22), em assembleia realizada na garagem da Expresso Adamantina, em Dracena, por volta das 15h, a permanência da paralisação dos cerca de 130 funcionários da empresa. Conforme o presidente do sindicato, Luís Sapucaia, o encontro permitiu uma conversa inicial em busca de um acordo. 

 “Vamos permanecer parados até recebermos uma garantia de que os nossos salários de fevereiro, março e abril serão pagos. O advogado da empresa foi até a assembleia e nos indicou 'uma luz no final do túnel'. Falou que os sócios devem se reunir para buscar uma solução. Segundo ele, estão descartados pedidos de falência ou de recuperação judicial”, diz. 

O departamento jurídico do sindicato também já entrou com ações judiciais que requisitam o bloqueio dos bens tanto da Expresso Adamantina quanto de seus proprietários e, de acordo com o presidente, foram concedidos parecer favorável ao posicionamento dos trabalhadores, que completam 32 dias de paralisação.

 “Queremos retornar ao trabalho. A nossa esperança é que este contato inicial permita que tudo se acerte. Muitos estão precisando deste dinheiro o mais rápido possível. Acreditamos que esta situação possa ser resolvida até o dia 3 de maio”, declara Sapucaia. 

O sindicato informa que utilizou recursos reunidos junto a filiados da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para providenciar cestas básicas aos integrantes do movimento grevista. “Tem trabalhador que não consegue pagar as contas de luz e água. Outros estão com medo de serem presos, já que não possuem o dinheiro para a pensão alimentícia dos filhos. As cestas são dadas como forma de amenizar esta situação”, informa. 

Entre os trabalhadores parados estão aqueles que atuam como motoristas, cobradores e auxiliares no serviço de manutenção, além de profissionais que de escritório. As reivindicações são o pagamento dos salários atrasados, referentes ao mês de fevereiro e março, e o reajuste das remunerações. “Fomos atingidos por problemas financeiros da empresa, que está com dificuldade até para quitar suas dívidas com fornecedores”, expõe o sindicato. 

Nenhum ônibus da Expresso Adamantina, que possui sede em Dracena, saiu das garagens desde o início da paralisação. Isso levou a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) autorizar a entrada, em caráter emergencial, de quatro novas empresas para atuar nas linhas de transporte suburbano e interurbano em cidades da Nova Alta Paulista. Elas cumprem este serviço desde o dia 24 de março. 

 REPORTAGEM: G1 PRESIDENTE PRUDENTE