O vereador e advogado Dr. Laércio Leandro da Silva |
Conforme o Iportal Notícias adiantou no início desta semana por meio de sua página oficial na internet, nesta quarta-feira (4) a nossa entrevista é com o advogado Dr. Laércio Leandro da Silva, presidente da Câmara Municipal de Tupi Paulista. Ele conduzirá os destinos da casa de leis durante o biênio 2017/2018.
Em depoimento ao repórter João Paulo Lopes o advogado e atual vereador fala da sua trajetória de vida política, os percalços e o que motivou chegar até o poder.
Dr. Laércio, antes de tudo gostaria de saber, como surgiu a sua trajetória de vida política em Tupi Paulista?
Dr. Laércio - A minha trajetória de vida política começou com o meu pai José Leandro da Silva que sempre gostou de política, era uma pessoa que trabalhou em várias campanhas eleitorais, então eu herdei do meu pai essa paixão pela política, e logo depois meu irmão Delson Leandro da Silva (Bililico) foi candidato várias vezes, se elegeu algumas, e a última ele se elegeu em 2009, ficou um ano e dois meses na presidência da Câmara Municipal de Tupi Paulista e veio a falecer com todo mundo tem conhecimento, e toda a minha vida eu ajudei o Bililico na sua trajetória política. O Bililico foi um grande legislador, ele gostava do que fazia”.
Em 2012 eu fui candidato a prefeito, fiquei em terceiro lugar, eu o Alexandre Tassoni Antônio perdemos para o Osvaldo Benetti a eleição de 2012 e de lá pra cá eu continuei com o mesmo trabalho, além de advogado sou pastor presbiteriano, tenho uma Paróquia em Monte Castelo e há 17 anos nós somos pastor lá também. Assim todo pastor, todo advogado deve ter uma inclinação para a vida política, para ajudar as pessoas, para ouvir o povo, e foi isso que me levou a se candidatar novamente em 2016 ao cargo de vereador, foi isso que me levou então essa paixão que começa desde o meu pai e veio pelo meu irmão e chegou até a mim esse gosto pela vida pública.
Você atribui isso também a uma vocação política?
Dr. Laércio - Sim, é uma vocação. Quase todo Advogado ou Ministro do Evangelho, Pastor, o Padre, eles tem uma vocação em defender as pessoas, então acabam usando a política pra poder atingir esse fim, de ajudar o semelhante, o próximo.
De que forma você vai conduzir os trabalhos deste legislativo a partir de agora?
Dr. Laércio - Eu fui eleito para o biênio 2017/2018 depois teremos nova eleição. Eu disputei a eleição com o Clóvis Pintor, eu tive 5 votos e ele teve 4. Então eu fui eleito por 5 votos a 4, mais eu e o Clóvis se damos bem, gostamos um do outro, já estamos em paz, foi apenas mais uma disputa eleitoral onde tive a condição de auferir mais votos.
O nosso principio é dirigir a Câmara juntamente com a mesa diretora, tomar decisões juntamente com a toda a mesa diretora, tenente Mantovani, Davi e Terezinha Matos, a qual foi eleita junto comigo no seu respectivo cargo. Então eu não quero dirigir a Câmara sozinho. Nós temos vários ideais, nós queremos uma Câmara participativa, mais chegada à população. Uma Câmara assim, não só legislar, fiscalizar, mais uma Câmara que quer atender a população. Nós estamos visitando as escolas, hospital, creches, ouvindo os funcionários, indo até o almoxarifado municipal. Já fizemos uma visita ao prefeito Lê e seu secretário Dr. Juliano. Essa Câmara quer fazer um diferencial, ela quer ser participativa.
Em 2012 você disputou pela primeira vez ao cargo de prefeito municipal. Politicamente o que você acrescentou na sua trajetória.
Dr.Laércio - A campanha de 2012 foi pra mim uma experiência de vida, eu fazia todas as estratégias das campanhas do meu irmão e dos outros candidatos... Eu apoiei o João Feracini para prefeito, Fuad Soubhie (in memoriam) comecei apoiando o Fuad, e de lá para cá não parei mais, sempre ajudando o que a minha família apoiava.
Em 2012 eu achei que tinha experiência pra enfrentar uma eleição municipal, peguei dois concorrentes fortes que tinham grupos maiores que o meu, e tivemos uma grande decepção na primeira eleição, porque eu tive uma votação muito pequena, mas serviu de base agora para essa eleição, eu aprendi a trabalhar com o grupo, a me dedicar de uma forma diferente do que eu achava que era, porque quando está nos bastidores ajudando é uma coisa e quando você começa atuar é outra coisa.
Você chegou a ser processado por um dos seus adversários políticos à época. Qual foi o desdobramento desse processo?
Dr. Laércio - Na outra campanha, foi o Osvaldo Benetti e o Dr. Higor que foram os candidatos e os candidatos vencedores, o Alexandre Tassoni e a Cida, Eu e o Ailton Fróio tínhamos três bons nomes para a população escolher, ninguém tirava a eleição do Osvaldo, já era bem nítida, a gente percebeu que o vice dele (Osvaldo) era uma pessoa muito querida de Tupi Paulista, Dr. Higor Mendes. Então na verdade quem ganhou a eleição de 2012 não foi o Osvaldinho, foi sim o Dr. Higor que era uma pessoa que tinha a uma expressão, que ajudava a comunidade, que a saúde era carente e essa população carente derramou os votos nele, merecidos.
Com Alexandre Tassoni eu não tive nenhum problema, tive um incidente nas casas populares (Jardim Gracianópolis) gerou um processo entre eu e o Osvaldo, esse processo nós litigamos dois anos e eu o ganhei (processo) no Tribunal onde eu fui absolvido, onde Tribunal disse que eu não tinha ofendido a honra dele quando eu disse que, não era eu que tinha desaparecido com os R$ 300 mil das Casas Populares, que até hoje tem um processo que corre na segunda Vara e está em recurso no Tribunal.
É sabido de todos que o município enfrenta hoje uma grave crise financeira. A pergunta que não quer calar. Quem é responsável pela dívida ativa da Prefeitura de Tupi Paulista?
Dr. Laércio - O ex-prefeito Osvaldo Benetti é responsável pelos atos que ele praticou na gestão 2012/2016. Mais de 50 cargos de confiança, ele passou do limite daquilo que a lei permite no quadro de funcionários, contratando cargos de valores altos de salários e outras medidas que ele tomou e que seu secretariado também tomou, levaram o município a uma banca rota. Hoje diz que a dívida esta altíssima.
Só para título de conhecimento, tem uma ação de mais de R$ 1 milhão de reais que corre pela Primeira Vara de Tupi Paulista da Elektro contra a Prefeitura Municipal, de muitos anos que o Osvaldo deixou de recolher a conta de energia. Isto é sério. Então, Tupi Paulista foi muito mal administrada, tanto é que ele não se candidatou a reeleição.
Como nós dizíamos em nossa campanha em 2012, ele não estava capacitado para dirigir a cidade e outros eventos da administração pública à condição que ele levou a cidade.
Aquele incidente da EXPÔTUPI onde ele se desentendeu com a equipe do show dos cantores famosos (Munhoz e Mariano) e que repercutiu no Brasil inteiro, levando o nome de Tupi Paulista também a uma condição de uma cidade que não tinha cultura e nem educação. Então ele cometeu, tanto na vida política como na vida moral de Tupi Paulista. Osvaldo deixou uma marca muito negativa pra cidade.
Como deve ser a harmonia entre os dois poderes, uma vez que ambos são oposições?
Dr. Laércio - Então, nós seremos harmônicos com a Prefeitura desde que os ideais do Prefeito sejam os mesmos ideais da Câmara. Tudo aquilo que for necessário, que for aprovado para o bem da população, dos funcionários públicos municipais que hoje estão sofrendo com a defasagem salarial muito grande, a gente vai apoiar o prefeito.
Tudo aquilo que for, mesmo que impopular, mais que tem que tomar decisões como; desligar água das pessoas que não pagam e IPTU. Tudo aquilo que é necessário fazer a Câmara vai apoiar, mais aquilo que for contra a população, medidas que não são boas para o município, essas com certeza a Câmara não vai apoiar. A Câmara vai ficar atenta em discutir cada artigo, cada lei, cada emenda. A câmara vai estar presente.
O prefeito Dr. Alexandre Tassoni, estudou na mesma Faculdade que estudei em Tupã, a única que existia na região quando nós nos formamos e ele é um pouco mais novo que eu, estudou direito constitucional e sabe como advogado há uma tripartição dos Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário. Nós fazemos parte do Legislativo e temos que ter harmonia, mais não conivente.
Nós não podemos abraçar todos os erros que prefeito fazer. Porque a outra Câmara foi totalmente renovada, a Câmara de 2012/2016 por causa disso, por que, mesmo o Osvaldo cometendo erros, que toda a cidade pedia para haver mudanças, a Câmara não sinalizou que estava contrário, apenas o vereador Clóvis Pintor que foi uma oposição cirrada no Osvaldo, ele (Clóvis) fiscalizou.
O Clóvis foi um grande vereador na gestão passada, incentivando que a prefeitura fosse fiscalizada e que os atos que o Osvaldo estava cometendo fossem questionados, mais o Osvaldo tinha a maioria e essa maioria pendeu e defendeu o prefeito, tanto é que ele não fez nenhum vereador. Osvaldo não conseguiu fazer nenhum vereador para essa legislatura.
Você está dizendo que a maioria dos vereadores da legislatura anterior foi conivente com a situação da crise financeira do município?
Dr. Laércio - Sim, eles (vereadores) têm consciência disso, tanto é que a população deu o recado nas urnas, e a população trocou porque ela quer uma Câmara independente, uma Câmara fiscalizadora e atuante.
Para finalizar. A rejeição nas urnas da maioria absoluta dos vereadores da legislatura anterior pode ser considerada uma herança política mal sucedida?
Dr. Laércio - Sim, foi sim, sete cargos, dois não concorreram por motivos pessoais, mais os outros cargos foram trocados. São Pessoas boas, vereadores de peso na legislatura anterior 2012/2016. Não podemos falar das pessoas dele, foram pessoas honestas, mais que por falta de apoio do prefeito a qual eles apoiavam o grupo que eles faziam parte, eles vieram a naufragar junto com o prefeito também.
Dr. Laércio muito agradecido pelos esclarecimentos e obrigado em nos atender! Dr. Laércio - João Paulo sou eu quem agradece. Grande abraço a todos!
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