Os empresários Wander Rodrigues Cavarzan e Antônio Marinho dos Santos, sócios proprietários da Bonanza Agro, confirmaram oficialmente na manhã de hoje (21/11) o interesse de compra da Fruteza, empresa especializada em processamentos de frutas da cidade de Dracena. Segundo informou Wander Cavarzan, responsável por falar sobre o assunto em nome da Bonanza Agro, a negociação com a família dona da empresa dracenense já está acordada, restando agora apenas alguns trâmites judiciais e liberação por parte da justiça.
Wander Cavarzan explicou que a família abriu mão da administração da empresa e autorizou a Bonanza negociar judicialmente a massa falida da Fruteza. “Inicialmente, ficou acordado um arrendamento com prioridade de compra da massa falida futuramente”, diz.
Cavarzan não informou o valor total da negociação, entretanto anunciou apenas a valor da dívida da massa falida da Fruteza. “Oficialmente não posso divulgar, ainda, o valor da negociação. Porém, posso afirmar que a dívida declarada da massa falida gira em torno de R$ 5 milhões”, divulga Cavarzan.
Os comparadores explicaram a origem da dívida. “O pedido de autofalência gera uma massa falida. As dívidas são correspondentes a empréstimos bancários, prestadores de serviços e fornecedores”, esclarece. Cavarzan afirma que a empresa ainda não tem dívidas trabalhistas. “Como a empresa não mandou ainda ninguém embora, por apenas ter parado de funcionar, não existe, por enquanto, uma dívida trabalhista. Mas, os proprietários da empresa já calculam o valor da futura indenização dos funcionários”, explica.
O acordo
Segundo Cavarzan, a família dona da Fruteza aceitou o projeto apresentado pela Bonanza Agro, que, segundo a família, “é o mais interessante para a empresa, a cidade e região”. “Protocolamos ontem em Dracena o pedido judicial de administração imediata da empresa. No pedido, a Bonanza pede, dentro das condições, levando em conta o montante a ser aplicado de imediato para a empresa voltar a rodar e mais os investimentos, um prazo para quitar as dívidas da massa falida”, diz.
Ainda segundo Wander Cavarzan, o acordo judicial proposto prevê a recontratação imediata de todos os funcionários e também a retomada de negociação com fornecedores e clientes. “O pessoal que foi dispensado há dias voltam todos a trabalhar no Natal. São em torno de 32 funcionários, ou melhor, 32 famílias”, garante o comprador.
A Bonanza tem pressa na homologação do acordo judicial e se justifica. “São dezenas de famílias que vivem da produção da fruticultura em nossa região. Produtores estão tendo prejuízos e os trabalhadores [famílias] que dependem da colheita também. Cito, por exemplo, o caso da produção da manga. Se não comprarmos agora, o produtor vai perder toda a sua produção do ano”, explica Cavarzan.
Wander Cavarzan elogiou a disposição do poder judiciário em resolver o problema. “Protocolamos o pedido às quatro da tarde e as quatro e quinze a juíza já deferiu a nosso favor e despachou. Agora vamos aguardar a análise da promotoria e os outros trâmites judiciais”, declara Cavarzan, confiante num parecer favorável à Bonanza.
Wander afirma que a Bonzanza está preparada para assumir a administração da Fruteza. “Já montamos equipes para, que tendo a autorização judicial, assumir, imediatamente, os negócios da Fruteza. A prioridade é chamar na hora os funcionários para a recontratação e, juntos, colocarmos a empresa para ‘andar’, por o negócio para funcionar”, ressalta.
“Quanto mais tempo à empresa ficar parada, mais ela se deteriorará. Como ‘tiraram da tomada’ há apenas 10 dias, quando antes colocarmos na tomada de volta, melhor”, ilustra, ao divulgar que será empregado, inicialmente, o montante de aproximadamente R$ 2, 5 milhões para reestruturação.
Finalidade do negócio
De acordo com Wander Cavarzan, o carro chefe da Fruteza continuará sendo o processamento de polpas de frutas, entretanto agregará outros produtos. “Vamos fazer da Fruteza um amplo negócio. Não será apenas uma empresa voltada a polpas”, anuncia o comprador.
Cereais e grãos serão incorporados ao novo ramo de atividade da empresa especializada em processamento de frutas. “A Fruteza tem tudo a ver com a Bonanza, é o nosso ramo. Assim como a Bonanza, a Fruteza também fomenta o agronegócio”, frisa.
Bonanza vai embora de Junqueirópolis?
Respondendo esta pergunta, Wander cravou: “Jamais. A Bonanza é uma empresa junqueiropolense que está expandindo seus negócios em outras cidades da região”.
O empreendedor esclarece que apenas a sua sede será transferida para Dracena. “A Bonanza Tratores e Implementos e outros departamentos da empresa permanecem em Junqueirópolis”, garante.
Junqueirópolis em Dia
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