Nathália estava com amiga na hora do trote (Foto: Reprodução/TV Fronteira) |
A direção das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) abriu nesta quarta-feira (4) uma sindicância administrativa para apurar a identificação dos responsáveis pelo trote que fez com que a estudante Nathália de Souza Santos, de 17 anos, sofresse queimaduras de 3º grau nas pernas e no umbigo na noite da última segunda-feira (2), em Adamantina, região oeste do Estado de São Paulo.
A instituição afirmou, por meio de nota, que se coloca à disposição das autoridades para que este caso “seja esclarecido o mais rápido possível e que seus autores sejam devidamente responsabilizados de acordo com a legislação vigente”.
Nathália, caloura de Pedagogia, por um produto químico jogado por rapazes na noite de segunda-feira durante o trote, que aconteceu fora da instituição. Em nota, a Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) informou que lamenta o episódio e que "tomará as medidas cabíveis" caso seja constatado que a violência tenha sido praticada por alunos da instituição.
O caso foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal e é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Na manhã desta quarta-feira (4), a vítima prestou depoimento na unidade policial, porém o conteúdo informado não foi revelado.
Jovem foi queimada durante trote de faculdade, em Adamantina (Foto: Sueli Aparecida Dias/Arquivo Pessoal) |
Conforme a faculdade, se constatado que os envolvidos são alunos veteranos, serão tomadas providências, cuja pena prevista pelo regimento interno é a expulsão destes indivíduos.
A tia da jovem, Sueli Aparecida Dias, informou à equipe do G1 que ao ser atendida na Santa Casa do município, a estudante foi informada que, possivelmente, o produto jogado era creolina misturada com algum tipo de ácido. Ainda de acordo com a tia, a garota de 17 anos teve febre e queda de pressão nesta terça-feira (3).
Devido ao ocorrido, Sueli afirma que a adolescente, que é de Flórida Paulista, agora pensa em deixar o curso. “Ela está assustada e pensando em desistir da faculdade”, contou. “Vamos esperar passar o carnaval e ver o que faremos.”
Investigações
A delegada responsável pelo caso, Patrícia Tranche Vasques, disse que as investigações serão baseadas no depoimento da vítima e no exame de corpo de delito, que apontará a gravidade da lesão.
“Depois do relato da Natália e de sua amiga, que também estava presente no momento do fato, poderemos ter informações concretas sobre o ocorrido e encaminhar as investigações”, relatou a tia da estudante.
Os familiares da jovem iniciaram uma "apuração particular" para recolher provas que ajudem a localizar os rapazes que jogaram o ácido. “Eu estou ajudando a minha sobrinha a descobrir quem fez essa 'ato de barbaridade', já que ela estava de costas e não conseguiu ver os culpados. Por isso tenho procurado nas redes sociais algumas informações que possam colaborar com as investigações”, afirmou.
DO G1 DE PRESIDENTE PRUDENTE
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