quinta-feira, 5 de março de 2020

HR de Prudente realiza primeira captação de coração do ano


A tarde de ontem (4) foi movida por um ato de muita solidariedade no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Presidente Prudente. Isso porque foi realizada a primeira captação de coração do ano e a segunda múltipla de órgãos para transplantes na unidade em 2020. A família da doadora de 38 anos, vítima de uma trombose venosa cerebral, autorizou o procedimento ainda na noite da última terça-feira (3).

Segundo Janaine Fernanda dos Santos, enfermeira responsável pela CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos e Transplantes), o trabalho do Hospital Regional foi integrado ao da CET (Central Estadual de Transplantes) e da OPO (Organização de Procura de Órgãos). “A parceria de sucesso possibilitou a captação de coração, fígado, rins e córneas da paciente. Com este ato da moradora de Teodoro Sampaio, seis pessoas serão beneficiadas pelas equipes médicas vindas das cidades de São Paulo [SP], Sorocaba [SP], Marília [SP] e aqui em Presidente Prudente”, diz.

A enfermeira ainda complementa que o receptor do primeiro coração captado em 2020 na unidade estava há dois anos na fila dos transplantes e hoje vai poder sentir um novo coração pulsando dentro do seu peito. “É muito gratificante poder saber que o nosso trabalho devolve a alegria de viver de outras pessoas”, explica.  

Durante o procedimento, também esteve presente o cirurgião cardiovascular do Núcleo de Transplantes do InCor (Instituto do Coração) do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Ronaldo Honorato Barros dos Santos. Ele enfatizou durante a entrevista a importância da doação de órgãos para os pacientes que estão na fila de transplantes. “Estou aqui hoje para captar o coração para um paciente de 35 anos, portador da doença de Chagas, que infelizmente teve piora no seu quadro clínico e estava sendo mantido dentro da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] do InCor, através de um suporte mecânico. Agora, ele tem a chance de possuir um órgão que lhe dará mais qualidade de vida”, considera.

 O procedimento
O médico coordenador da CIHDOTT, Renato Ferrari, destaca que quando um paciente evolui para o diagnóstico de morte encefálica, a equipe do Hospital Regional entra em contato com família para verificar se existe o interesse em realizar a doação dos órgãos. Se a família optar pela doação, inicia-se o processo de validação do doador, no qual são realizados inúmeros exames para verificar se as condições são favoráveis para a doação.

“A partir do momento que está tudo certo para a captação, a gente faz a atualização no sistema entrando em contato com a Central Estadual de Transplantes, que é quem providencia a logística e nos informa as unidades que realizaram a aceitação dos órgãos”, pontua.

Informações Jornal O Imparcial

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