terça-feira, 6 de outubro de 2015

Bancários de Dracena e região aderem à Greve Geral

Bancários da região iniciam a greve no primeiro dia da deflagração em nível nacional

Agências da CEF e BB já não abriram para atendimento
ao público nesta terça-feira (6)

Em uma assembleia realizada na manhã de hoje (6) na subsede do sindicato dos bancários de Tupã e região, os bancários da Caixa Federal e do Banco do Brasil de Dracena decidiram aderir à paralisação nacional por aumento de salários e benefícios. 

As agências locais já não abriram para atendimento ao público e por enquanto mantém o abastecimento de caixas eletrônicos para saques e depósitos. 

Segundo o representante sindical Valter Trevisan, o movimento inicia muito forte, visto que a greve foi deflagrada nacionalmente com início para hoje e pela primeira vez a base local aderiu no primeiro dia.

Os bancários pedem reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste de 5,5%, com piso de R$ 1.321,26 a R$ 2.560,23 (veja mais detalhes sobre as reivindicações e a proposta dos bancos no final da matéria). A proposta foi rejeitada pela categoria nas assembleias da última quinta-feira (1). 

O movimento grevista é por prazo indeterminado e as agências locais de bancos particulares devem aderir à paralisação nos próximos dias. 

O que pede a categoria e o que oferecem os bancos

Os bancários querem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança. 

A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16). 

Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.

Greves em 2013 e em 2014 

No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição. 

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro. 

Com informações do g1.com

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