sábado, 2 de setembro de 2017

Aguinaldo Carvalho fala sobre "Educa-AÇÃO" uma reflexão que vai além das salas de aulas, no Blog


A escola é o local onde o indivíduo passa uma grande parte de sua vida, pois entra na educação infantil, na primeira infância e sai no terceiro ano do ensino médio ao final da adolescência e início da vida adulta.  

Segundo a Constituição Federal no artigo 205 a educação é direito de todos e dever do Estado, em consonância a lei de diretrizes e bases da educação n 9.394/96 em seu artigo terceiro inciso IX fala sobre a garantia de um padrão de qualidade.

Para Paulo Freire, grande educador brasileiro, a educação deve ser libertária de uma maneira que situações opressoras não se estabeleçam nas relações de ensino aprendizagem. Ela é um valor extremamente importante dentro das sociedades humanas, não digo educação somente como um valor formal e organizado dentro de uma instituição chamada escola, mas a educação como um valor a ser buscada por todos.

A própria psicologia da educação através da abordagem construtivista, pensa que as relações sociais são de extrema importância para os alunos absorverem os conhecimentos, através de uma interação social. A qualidade da instrução recebida está fortemente atrelada aos comportamentos construídos.

O homem é um animal racional altamente capacitado para as habilidades e competências sociais, carece desde a tenra idade de treinamento nas mais diversas formas que o mesmo necessita para seu pleno desenvolvimento biopsicossocial, e não menos importante da espiritualidade.

Dificuldades na Educação saltam aos olhos: Falta de espaço adequado para o aluno na sala. Menor possibilidade de trabalho individualizado dado pelo professor. Maior quantidade de situações de incivilidades devido o aglutinamento de alunos com dificuldades de convivência.

            Existimos em uma democracia e são as vivências de ensino (formal ou informal) que estabelecem as relações objetivas e subjetivas, necessitando com isso um diálogo constante entre as partes envolvidas, para o aprimoramento da democracia.

Promover a saúde é uma das questões que cada dia todo ser humano deve ter como objetivo no percurso da caminhada no planeta. O problema é que a cada dia o número de indivíduos que estão nessa empreitada, de valorização da vida tem se diminuído consideravelmente devido às mudanças que ocorrem no tecido social.

Uma pesquisa mundial feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais de 100 mil educadores, coloca o Brasil no pódio como campeão na violência escolar. O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) mostra que 44% dos professores que atuam no Estado de São Paulo relatam ter sofrido algum tipo de ataque físico ou psicológico.

Nas mais diversas mídias estão costumeiramente noticiando casos de agressões severas para com aqueles que têm como forma de trabalho a educação formal (professores). E também agressões aos pais ou responsáveis, na função de promover a formação do indivíduo como ator social para a aquisição de habilidades sociais.

A Carta Magna de 1988 estabelece em seu artigo 5⁰ inciso III que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

Paira no ar uma sensação de surramento sistematizado àqueles que de alguma forma estão empenhados na responsabilidade da formação educacional das gerações subsequentes.

Questões como as expostas anteriormente faz com que estejamos num grande dilema: Poderemos dar sustentabilidade social perante tão grande desvalorização da Educação? Com certeza a resposta a essa pergunta é um sonoro NÃO, pois é impossível continuar uma educação social que contemple a promoção de uma cultura de tolerância, bem como a motivação da aquisição das conquistas humanas através dos tempos para as novas gerações.

O pronome todos é muito utilizado acompanhado da palavra Educação, mas na prática não vemos uma articulação integral dos vários entes da sociedade.

A promoção dos aspectos importantes da figura daquele que tem a função de educar, seja quem for, pois no afã de um conseguir uma maior liberdade de expressão, ocorreu o “jogar a água da banheira com a criança dentro”, destruindo a imagem de autoridade daquele que tem a responsabilidade de ensinar.

Devemos entender que o aprendizado não deve ficar no caráter pragmático somente, e sim também para o desenvolvimento holístico do mesmo, porque homem é um ser multifacetado dentro de um meio multicultural, exigindo cada dia mais respostas diferentes para problemas emergentes.

AGUINALDO CARVALHO 

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