sexta-feira, 27 de abril de 2018

Dois defensores públicos que eram reféns em rebelião na Penitenciária de Lucélia são liberados

Motim teve início na tarde da quinta-feira (26) e prossegue nesta sexta-feira (27). Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos já registrou 20 denúncias sobre o motim.

Dois defensores públicos que eram mantidos reféns na rebelião de presos na Penitenciária de Lucélia desde a tarde da quinta-feira (26) foram liberados na manhã desta sexta-feira (27). Apenas um defensor público ainda é mantido refém pelos presos rebelados. 

A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) informou que o primeiro refém foi liberado por volta das 10h. Em seguida, às 11h20, mais um refém foi liberado por meio das negociações que ainda continuam. 

Também na manhã desta sexta-feira, 21 presos que participavam da rebelião se entregaram. As negociações prosseguem na unidade com o objetivo de tentar controlar o motim, que já dura mais de 21 horas. 

A rebelião na Penitenciária de Lucélia foi deflagrada na tarde da quinta-feira, quando os presos atearam fogo na unidade prisional e fizeram reféns três defensores públicos que estavam em uma visita de rotina ao local. 

De acordo com as informações da Secretaria da Administração Penitenciária, a Penitenciária de Lucélia possui capacidade para abrigar 1.440 presos, mas atualmente conta com uma população carcerária de 1.820 homens. 

A unidade também dispõe de uma ala de progressão penitenciária, que tem capacidade para 110 presos e abriga atualmente 126. 

Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), uma espécie de "tropa de elite" que atua em situações críticas no sistema prisional paulista, estão no local.

Familiares de presos informaram que os rebelados reivindicam melhores condições para o cumprimento de suas penas na unidade. 

O Ministério dos Direitos Humanos informou que está monitorando a rebelião deflagrada na Penitenciária de Lucélia, mantendo contato permanente com os órgãos estaduais envolvidos desde a tarde da quinta-feira (26). O ministro Gustavo Rocha mobilizou a Secretaria Nacional de Cidadania e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para atuar no caso. 

Os canais de denúncias de violações de direitos humanos da Ouvidoria Nacional já registraram 20 denúncias sobre a rebelião nas últimas 24 horas. A Ouvidoria está repassando as informações das denúncias para dar suporte às autoridades locais.

G1

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