sexta-feira, 5 de junho de 2015

MP abre ação para que rede de esgosto seja construída em Paulicéia

Moradores possuem fossas nas residências, mas não é suficiente. Prefeitura alega que tem projeto e busca verba com governos.

Em Paulicéia, os moradores enfrentam problemas com a falta de rede de esgoto nas residências. Conforme a prefeitura, apenas 35% das moradias têm o tratamento adequado. O Ministério Público entrou com uma ação civil contra o município e o Estado para tentar buscar uma solução, mas, até o momento, as águas continuam a ser jogadas nas ruas. 

No Bairro do Porto, que é dos mais populosos da cidade, com 1.300 casas, os moradores utilizam fossas e parte do esgoto fica a “céu aberto”. A dona de casa Iraci Clemente, mora no local há 32 anos e conta que o buraco de sete metros, que fica no fundo do quintal, não consegue manter todo o líquido que é descartado.

“Isso é horrível e somos obrigados a nos acostumar. O imposto é pago, mas a rede de esgoto é só uma promessa. Sai e entra prefeito e nada muda”, diz. 

Diante de tantas reclamações, o MP solicita que a rede de esgoto do município atinja 100% da população local. Na ação, o promotor, Daniel Magalhães Albuquerque Filho, estipula que as obras, orçadas em cerca de R$ 10 milhões, comecem em até seis meses, com conclusão prevista de dois anos. 

O prefeito, Waldenar Siqueira Ferreira, alega que já existe um projeto, porém a falta de verbas impede que ele "saia do papel". “Nós já estamos acionando os governos estadual e Federal para que possamos cumprir a determinação da promotoria”, alega.

Ainda segundo ele, o município deverá comprar um caminhão para que a limpeza das fossas passe a ser feita de graça e não fique mais por conta dos moradores, como tem sido feito. “Já foi pedido para amenizar a situação das pessoas que mais precisam”, ressalta. 

Mas, enquanto a solução não é providenciada, a população precisará continuar a conviver com o esgoto nas ruas, como ressaltou a dona de casa Juliana das Graças. “Esta água causa mau cheiro, além de corrermos o risco da transmissão de doenças. Está muito difícil para nós”, conclui.

DO G1 DE PRES- PRUDENTE

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